é tarde, mas acordei com meus pés chamando eteu nome. furos que falam como os índios: inhambupe. e me sobem arrepios nas pernas com tantas letras, viajantes de grutas, planaltos e morros. meus pés doloridos me acordam, e sinto raiva da tua barriga. parece que não me deseja mais, essa barriga. e só de pensar me perco no escuro, bocas, corpos que se entrelaçam e sou eu e é você. acho que foi desperto em mim um demônio afoito por banho de rio. é o seu cheiro no meu travesseiro que não me deixa mais dormir, a insônia louca dos apaixonados. não que eu esteja, em mim é você que não dorme.